Itaú cria setor exclusivo para gestão de fundos de criptoativos
A Itaú Asset, que faz parte do maior banco privado do Brasil, tomou uma decisão bem interessante: criou uma área dedicada exclusivamente a desenvolver novos fundos de investimento voltados para criptoativos. Essa mudança representa um passo importante para a gestora, que busca se consolidar em um setor em expansão.
Para liderar essa nova equipe, foi chamado o economista João Marco Braga da Cunha, que tem experiência na área e vinha atuando como diretor de gestão de portfólio na Hashdex, uma empresa focada em criptoativos. Cunha agora vai integrar a estrutura de Multimesas da Itaú Asset, que gerencia mais de R$ 117 bilhões em ativos ao todo.
Experiência de campo
A Itaú Asset já tem uma presença significativa no mundo das criptomoedas. No portfólio atual, estão três produtos regulamentados que permitem exposição ao setor: o ETF BITI11, o fundo de cotas Itaú Bitcoin Index e a estratégia de previdência Itaú Flexprev Bitcoin. No total, esses produtos somam um patrimônio líquido de R$ 850 milhões.
Segundo informações compartilhadas pela gestora, a nova área deverá criar uma variedade de produtos relacionadas a criptoativos. A ideia é oferecer opções que vão de investimentos com risco semelhante ao da renda fixa até alternativas mais voláteis, assim, ampliando as escolhas para os investidores.
Carlos Augusto Salamonde, que é chefe da Diretoria de Gestão de Investimentos Globais do Itaú Unibanco, comentou que a gestora vê um grande potencial nos criptoativos como uma forma de diversificar os investimentos tradicionais. O foco é manter a qualidade, eficiência e performance que já são conhecidas pelos clientes.
Banco Itaú e fundos de criptoativos
Vale lembrar que essa não é a primeira vez que o Grupo Itaú mergulha no mundo das criptomoedas. Em junho do ano passado, o Banco Itaú começou a oferecer a negociação de criptomoedas para seus mais de 100 milhões de clientes. A plataforma de investimentos chamada íon permite a compra e venda de dez criptoativos diferentes, entre eles Bitcoin, Ethereum e a stablecoin USDC.
Além disso, o banco está atento ao que acontece no setor, especialmente no que diz respeito à tokenização de ativos. Recentemente, um diretor comentou que espera que em até 10 anos todo o setor financeiro esteja completamente tokenizado. Isso deixa claro que o Itaú está aberto a inovações e que a criação de novos fundos de criptomoedas é apenas mais um passo nessa direção.